terça-feira, 26 de julho de 2011

Singapura


Acordámos no dia 4 de Julho lá p’rás sete e tal. Tomámos banho, arranjámos as cenas, despedimo-nos do Ash e seguimos. Tinha visto no google maps que havia uma linha do metro que seguia mais ou menos a autoestrada, e assim decidi ir até aí e depois caminhar para a autoestrada.
               
Quase duas horas depois (uma hora de espera e outra de viagem) estávamos a sair na estação de Tiroi, no meio do nada. Um senhor muito simpático veio ter connosco e quando finalmente percebeu que não queríamos apanhar um autocarro, encaminhou-nos para a autoestrada. Mas estávamos mais longe do que eu pensava. Caminhámos 500 metros e estávamos numa estradita que ia lá ter, mas que não era bem o que eu tinha em mente. Mas tudo bem. Esperámos vinte minutos e apareceu um casal jovem que nos deixou na autoestrada. A partir daí, foi tudo tranquilinho até Johor Bahur, onde ficámos um bocado confusos. É que a autoestrada acabou e deixaram-nos numa nacional. Depois um senhor apanhou-nos logo e levou-nos um pedaço. Ok, vamos. Finalmente, já muito perto, um casal apanhou-nos e deixou-nos na estação de autocarros. Porra, outra vez! É que o pessoal não perceber a cena de boleiar e pensa que nós queremos é ir apanhar um autocarro. Quando não é!!
               
Mas neste caso foi fixe. Porque já estávamos ali mesmo pertinho de Singapura e um autocarro foi menos de um euro. Entrámos, missão cumprida, estávamos à seca na fila para passar a fronteira. 6 boleias, 354km.
               
Do lado de lá andámos um bocado às aranhas até encontrar o nosso autocarro. Tínhamos um bilhete de um autocarro “do estado”, por isso podia ser qualquer um, mas não sabíamos isso. Chegámos ao centro, precisávamos de um sítio onde dormir. Por estupidez minha, não tinha arranjado um sofá a tempo. É que tinha lá um amigo belga que conhecera numa estação de autocarros em Lisboa, e que me disse que me albergaria. Mas eu deixei só para a véspera para o contactar. Quando ele respondeu, disse que pensava que eu só ia mais tarde, e que estava na Bélgica, de férias. Isto já não deu tempo para encontrarmos um sofá.

Mas ok, acabámos por encontrar um sítio baratinho.Andava pela rua com o meu Ipod à procura de internet, e quando encontrei fui ao hostelworld, encontrei um hostel a 7,3€ por pessoa, liguei do computador a reservar, e seguimos.
               
Nessa noite só saímos para ir comer qualquer coisa. A cidade tem boa onda, é realmente limpinha, ainda que eu imaginasse algo ainda mais estéril e incólume. A zona onde estávamos tinha muito andamento mas, descobrimos mais tarde, Singapura, em si, é um bocado assim, um gajo sente que está sempre no centro da cidade.

Passámos o dia seguinte como verdadeiros turistas em Singapura. Fomos até Chinatown, caminhámos, caminhámos, andámos pela marina, onde vi um edifício que tinha abismado o Karlis, o meu amigo letão – são três prédios com um barco em cima. Eu, para dizer a verdade, estava à espera de uma cena diferente. Sei lá, que esse barco fosse um galeão ou uma cena assim muito à frente. Mas não. Mas ok, é fixe na mesma. E simboliza um bocado a cidade – super moderna. Confesso que não me apaixona, mas gosto. É muito multicultural também, o que me apraz.

Como disse, parece que um gajo, por mais que caminhe, está sempre no centro. Só malta e actividade. É o segundo país do mundo com maior densidade populacional, depois do Monaco. Tem 5 milhões de habitantes.

Curti mais Little India. É que eu também já tenho um bocado de saudades daquela gente. E não tem tantos prédios. Parece mesmo que entrámos num outro país. Mais templos, casinhas com cores diferentes, muito fixe.

No dia seguinte acordámos cansados. Caminhámos p’rai uma hora até ao Jardim Botânico e a Sofia voltou para trás. Eu queria ficar, andar por lá e depois ir a uma reserva natural pertito. Mas iá, também estava cansado, e a reserva ficou para uma outra viagem. Mas curti muito o jardim. O mais fixe onde eu já estive. Estive lá p’rai duas horas e depois voltei. É incrível as cenas que um gajo faz para poupar vinte cêntimos. Estava todo partido, e disse a mim mesmo que se o autocarro fosse até 0,50€, eu ia. Mas era p’rai 0,70, ahah! E acabei por vir a pé. Singapura foi dos países mais caros onde estive, mas acabei por não gastar mais de quinze euros por dia, com hotel e tudo. Fixe.

Foi isto, Singapura.

Não foi o que eu antecipei no início da minha viagem, porque não foi o mes destino final. Foi mais um país, onde quis ir porque tinha-o em mente desde o início, não por me interessar sobejamente, mas porque está no outro cantito, e quero varrer o sudeste asiático todo. Para quem não sabe, estabeleci como minha missão pessoal visitar todos os países do mundo – até morrer, não para já. Se contarmos com os países que fazem parte do Reino Unido, Singapura foi o número 53. Já faltou mais.

17h26-2ª-11-7-11
Bangkok, Tailândia

Sem comentários:

Enviar um comentário