Amo-te.
Por me deixares
ser eu sem me culpares disso. Amo-te por me permitires que seja teu sem que
alguma vez me tenhas tido realmente. Amo-te por deixares a minha alma voar para
onde quiser e por teres a calma certeza de que para onde voarei no final será
sempre para ti. Amo-te porque nunca gritaste comigo e por eu nunca ter sentido
vontade de gritar contigo. Por não nos agarrarmos a clichés nenhuns e por
vivermos o nosso amor da maneira como queremos. Por saberes, no teu âmago, que
o máximo que terás de mim advirá da consequência de nunca me exigires nada.
Pela tua calma e
pelo teu bom senso, pela tua bondade e pela tua luz. Amo-te por teres aquele
olhar que só eu posso ver, acordando no Caramulo naquela manhã, ou por aquele
sinal que me fizeste em Lisboa naquele hostel na baixa. Amo-te por te dizer que
tens uma característica engraçada e me pedires para não te dizer qual é para a
poderes continuar a fazer genuinamente. Amo-te pela tua leveza e por me deixares
ser um namorado que nunca revirou os olhos a falar na namorada.
Não há sítios como
tu.
Não há viagem nem
epopeia nem façanha que eu possa fazer que se aproxime de ti.
O meu maior feito
foi ter-te feito apaixonar por mim.
21h40, 6ª, 20-6-14
Duekoué, Costa do
Marfim
Amo-te por me presenteares desta forma! *
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